Educação com Limites: Cultivando a Autonomia e o Respeito

Em uma ensolarada segunda-feira, após o feriado de Páscoa, deparei-me com situações que me levaram a refletir profundamente sobre a criação de filhos. Como mãe de um rapaz de 18 anos, compreendo que a maternidade é uma jornada eterna, e essa responsabilidade não se esgota com o tempo. Afinal, a educação de nossos filhos transcende gerações e molda o futuro da sociedade.

Como pais, temos a nobre tarefa de educar seres humanos capazes de conviver harmoniosamente em sociedade. Essa missão vai além de alimentar, vestir e prover abrigo. É um processo longo e desafiador, que exige energia, dedicação e constante aprendizado.

Acredito firmemente que uma criança pode desenvolver-se plenamente quando compreende os limites que a cercam. Esses limites não são barreiras, mas sim alicerces para a conquista da segurança e autonomia. No entanto, essa compreensão não ocorre por acaso. Requer a intervenção correta e assertiva dos adultos.

Não é por acaso que os noticiários frequentemente relatam casos de violência envolvendo jovens nos finais de semana. O tempo é uma moeda valiosa, e, quando menos esperamos, aquele pequeno ser que um dia foi nosso príncipe ou princesa já se tornou um adulto, com suas próprias escolhas e caminhos.

Pais, é hora de despertar! Seu filho não é uma tela em branco para projetarmos nossos desejos e expectativas. Ele é um sujeito único, um indivíduo com suas próprias necessidades, sonhos e imperfeições. Abra os ouvidos e o coração para compreender suas inquietações e anseios.

Escutar não é apenas ouvir palavras; é compreender o que está por trás delas. Seja ativo na vida de seu filho. Não espere que ele se desenvolva pela própria sorte. Intervenha com amor, firmeza e sabedoria. Estabeleça limites, mas também ofereça espaço para que ele explore, aprenda e cresça.

A educação é uma jornada conjunta, e cada passo dado pelos pais reverbera nas futuras gerações. Cultivemos a autonomia, o respeito e a consciência de que nossos filhos são seres únicos, com suas próprias histórias a escrever. Que possamos ser pais ativos, presentes e sensíveis, guiando-os com amor e firmeza pelo caminho da vida.

Viviane Brandão de Toledo
Diretora Pedagógica no Colégio IEMP.